Sr. Tempo Bom de Thaíde & DJ Hum (1996)
Saudações, Amantes da Música e da Cultura!
Se você está pronto para uma viagem no tempo cheia de ritmo e memória, então você veio ao lugar certo! Hoje, vamos explorar o mundo vibrante de "Sr. Tempo Bom" de Thaíde & DJ Hum, uma música que é um verdadeiro tributo ao passado glorioso da cultura afro-brasileira. Prepare-se para descobrir como essa faixa incrível surgiu e o que a torna tão especial.
Como Surgiu "Sr. Tempo Bom"?
A canção "Sr. Tempo Bom" é uma verdadeira celebração dos anos 70 e 80, uma época que foi um marco para a cultura afro-brasileira e a música no Brasil. Thaíde & DJ Hum, conhecidos por sua paixão e respeito pela rica herança cultural, decidiram criar uma faixa que fosse uma homenagem sincera e vibrante a essa era de ouro.
1. A Magia da Cultura Afro-Brasileira: Thaíde & DJ Hum têm uma conexão profunda com a cultura afro-brasileira. Eles se inspiraram nos aspectos mais ricos e tradicionais dessa cultura, como a religiosidade afro-brasileira e a influência dos estilos musicais como samba rock, black power e soul. Esses gêneros não são apenas parte da nossa história; eles são a essência da nossa identidade cultural. Ao celebrar esses estilos, a música nos transporta diretamente para uma época em que essas influências moldavam o cenário musical.
2. Homenagem aos Ícones Musicais: A faixa também é um tributo aos grandes nomes que marcaram a história da música negra brasileira, como Gerson King Combo, Tim Maia e Jorge Ben. Esses artistas foram fundamentais na criação do som que definia a época, e Thaíde & DJ Hum os homenageiam, trazendo à tona o impacto que tiveram em nossa cultura musical. É como uma viagem nostálgica pelos maiores sucessos que ajudaram a definir a era.
3. Reconhecimento ao Movimento Black Power: "Sr. Tempo Bom" não é apenas sobre nostalgia; também é uma celebração do movimento Black Power. A música reflete como esse movimento foi essencial para a expressão e a afirmação da cultura negra, influenciando várias formas de arte e expressão, desde o breakdance até o rap e o grafite. Thaíde & DJ Hum mostram como a cultura evoluiu e se adaptou, mas sempre manteve sua força e relevância.
4. Nostalgia e Memórias Pessoais: O título da música já diz tudo: "Sr. Tempo Bom" é uma ode ao passado maravilhoso. Thaíde & DJ Hum mergulham em suas próprias memórias e nas experiências que moldaram suas vidas, celebrando a infância e as influências culturais que ajudaram a formar quem são hoje. É uma forma de revisitar e relembrar os momentos que marcaram a vida deles e a de muitos outros.
5. A Transformação e a Continuidade Cultural: Por fim, a canção reflete sobre como a cultura mudou ao longo dos anos, mas sem perder suas raízes. Thaíde & DJ Hum mostram que, apesar das transformações, a essência da cultura afro-brasileira continua forte e relevante. É uma celebração de como o passado e o presente se encontram e se entrelaçam, mantendo viva a chama da identidade cultural.
E aí, o que achou dessa viagem musical? Adoramos saber a sua opinião! Deixe um comentário abaixo compartilhando seus pensamentos e memórias sobre a época ou a música. Se você gostou do que leu, não se esqueça de compartilhar este artigo com seus amigos e nas redes sociais. E, claro, sempre volte ao blog para mais conteúdos interessantes e atualizações sobre o que há de melhor na música e na cultura! Até a próxima!
Junior Solid
Letra da Musica Sr. Tempo Bom
Que saudade do meu tempo de criança
Quando eu ainda era pura esperança
Eu via minha mãe voltando pra dentro do nosso barraco
Com uma roupa de santo debaixo do braço
Eu achava engraçado tudo aquilo
Mas já respeitava o barulho do atabaque
E não sei se você sabe, a força poderosa
Que tem na mão de quem toca um toque caprichado, santo gosta
Então eu preparava pra seguir o meu caminho
Protegido por meus ancestrais
Antigamente o samba rock, black power, soul
Assim como o hip-hop era o nosso som
A transa negra que rolava as bolachas
A curtição do pedaço era o La Croachia
Eu era pequeno e já filmava o movimento ao meu redor
Coreografias, sabia de cor
E fui crescendo rodeado pela cultura afro-brasileira
Também sei que já fiz muita besteira
Mas nunca me desliguei das minhas raízes
Estou sempre junto dos blacks que ainda existem
Me lembro muito bem do som e o passinho marcado
Eram mostrados por quem entende do assunto
E lá estavam Nino Brown e Nelson Triunfo
Juntamente com a Funk e Cia., que maravilha
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Calça boca de sino, cabelo black da hora
Sapato era mocassim ou salto plataforma
Gerson King Combo mandava mensagens ao seus
Toni Bizarro dizia com razão, vai com Deus
Tim Maia falava que só queria chocolate
Tony Tornado respondia: Pode crer!
Lady Zu avisava, a noite vai chegar
E com Totó inventou o samba soul
Jorge Ben entregava com Cosa Nostra
E ainda tinha o toque dos Originais
Falador passa mal, rapaz
Saudosa maloca, maloca querida
Faz parte dos dias tristes e felizes da nossa vida
Grandes festas no Palmeiras com a Chic Show
Zimbabwe e Black Mad eram Company Soul
Anos 80 comecei, a frequentar alguns bailes
Ouvia comentários de lugares
Clube da Cidade, Guilherme Jorge
Clube Holmes, Roller Super Star
Jabaquarinha, Sasquatch, como é bom lembrar
Agradeço a Deus por permitir
Que nos anos 70 eu pudesse assistir Vila Sésamo
Numa década cheia de emoção
Uri Geller entortando garfos na televisão
10 anos de swing e magia
Que começou com o Brasil sendo tricampeão
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
O tempo foi passando, eu me adaptando
Aprendendo novas gírias, me malandreando
Observando a evolução radical de meus irmãos
Percebi o direito que temos como cidadãos
De dar importância à situação
Protestando pra que achamos uma solução
Por isso o Black Power permanece vivo
Só que de um jeito bem mais ofensivo
Seja dançando break, ou um DJ no scratch
Mesmo fazendo grafite, ou cantando rap
Lembra do Função, que com gilete no bolso
Tirava o couro do banco do busão, uma tremenda curtição?
E fazia na calça a famosa pizza
No centro da cidade as grandes galerias
Seus cabeleireiros e lojas de disco
Mantém a nossa tradição sempre viva
Mudaram as músicas, mudaram as roupas
Mas a juventude afro continua muito louca
Falei do passado e é como se não fosse
O que eu vejo a mesma determinação no hip-hop Black Power de hoje
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Que tempo bom
Que não volta nunca mais
Essa é nossa homenagem
A todos aqueles que fizeram parte ou curtiram Black Power
Luiz Carlos, Africa São Paulo, Ademir Fórmula 1
Kaskata's, Circuit Power
Bossa 1, Super Som 2000, Transa Funk, Princesa Negra
Cash Box, Musicália, Galote, Black Music
Alcir Black Power, e a tantos outros, obrigado pela inspiração
(Pode crer, pode crer)
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